sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Filho, eis aqui o seu pai


Perdão,
Sei que errei e me arrependi.
Mas foram as  insanas atitudes que vivi
Que me levaram ao erro.
Foi uma ilusão, uma forte atração,
Que até hoje me causa um certo medo.
Perdão mais uma vez, ou tantas vezes que assim precisar dizer.
Cometi erros, mas o passado posso refazer.
Lembro que troquei o certo pelo incerto,
O caminho de casa, pelo caminho do desejo,
Troquei o aconchego e carinho, pelo gosto de um  beijo.
Vivo com uma magoa que até hoje me persegue,
Me corroe o peito e ainda me fere.
Perdão, outra vez, ou quantas vezes assim precisar,
Pelas  várias madrugadas, em que presente não pude estar,
Para peder sono e te fazer dormir ao cantarolar.
Perdão meu filho, meu único e lindo filho.
Eis aqui seu pai, disposto a tudo,
Principalmente a te amar.

                                                    Domingos Jr.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Brincando com o desabafo


O seu conhecimento que é montado mediante a uma instituição de pensadores, foi mostrado de forma equivocada ao achar-se superior aos demais, iludindo-se por vez, acreditando que o seu falso ego seria capaz de derrubar as fronteiras do verdadeiro saber. Não te denomino como um simulador de ideias e muito menos como um "carinha sem dom", apenas como uma pessoa mera coadjuvante e de caráter pouco desenvolvido.
                                                                                                    
                                                                                                   Jessyca Karina

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cadê você?


Que noite,
Será mais uma, triste e longa,
As horas, não se passam,
Sempre me vem uma saudade e vários pensamentos,
Penso logo: será mais uma daquelas noites,
E as horas não passam.
Mesmo ainda atordoado pelo cansaço e pela noite que será perdida pela insônia,
Tento descansar,
Mais meus olhos te buscam em todos os cantos daquela casa.
Te buscam principalmente no lado deixado na cama,
Onde ainda me assombra a saudade,
Que me tortura, me aguça ainda mais
Com as imagens da nudez do teu corpo,
Que reacendem esta insuportável e perseguidora insônia,
Que me tortura, ainda mais me aguça,
O pensar, me faz imaginar e sentir teu perfume,
Me faz sentir teu gosto, teu suor,
E ouvir o sussurro do teu gozo,
Que saudade, que maldade,
Cadê o sono, onde se esconde?
                                                                                            
                                                                                          Domingos Jr.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Morena

Dá-me
por pura pena
último beijo, linda açucena.

Com lábios
empobrecidos
beija-me o rosto desfalecido.

Se queres
deixar-me louco
nega-me o beijo, humilha-me um pouco.

Depois
de um olhar cortante
não quero que fiques nem mais um instante.

Saindo,
tu vais zombando
lábios sorrindo, corpo vibrando.

Ficando
vivo chorando.
De amor gritando e por ti chamando.

Não olhes
pra não ter pena.
Estou morrendo por ti, morena.

                                                        Deidy Cunha
                                                                                             Mai/00

Cânticos

Com alma que vaga triste
cantando alto a solidão
componho a canção que ouviste
matando meu coração.

Por esta renúncia amarga
do doce amor que te ofereço
canto a canção mais pura
e provo do teu desprezo.

Devias pousar teu rosto
sobre meu alvo peito em chamas
para ouvir o clamor profundo
de um coração que te reclama.

Se foges, se vais para longe
e não ouves o meu cantar
pela vida, não sei onde,
hei de te ver chorar.

De saudade, em teus olhos negros,
uma lágrima há de brotar
e cantarás canções tão tristes
quanto as que hoje estou a cantar.

                                                               Deidy Cunha
                                                                                                                       Out/98

sábado, 25 de agosto de 2012

Estância

E o desespero se adentra em mim com fúrias de lobos selvagens no ardor de sangue quente das feridas de carne viva. A ausência do seu corpo estimulador dos mais sinceros prazeres que conseguia ao certo fazer-me de total êxtase, consumindo-me por completo a mulher que sempre desejei ser com você, Estância, alargou-me uma tristeza eterna, com lutas constantes entre o saber real e a mulher idealizada, quando você partiu para a sua Vitória perfeita.
                                                                                                                              Jessyca Karina

Cio

Vampira
ávida por sangue quente
-que sugo com tua saliva
além do desejo demente.

És vítima
querendo amores ardentes
-que roubas com fúria íntima
do meu corpo de ardores pungentes.

Querendo,
te mordo a nuca
te beijo o ventre
te sugo o sangue
te arranho as costas.
Doendo,
travando a luta
frente a frente
escorrendo o sangue
eu sei que gostas.

No ápice do amor selvagem
me dominas e me devoras
o meu prazer é uma miragem
que com teu gozo se evapora.

Lambendo teu corpo suado
deixando ferida em tuas costas
lambuzados de tanto pecado
deste amor eu sei que gostas.

                                                 Deidy Cunha   
                                                                                Set/98